Anedota japonesa
Peixes mecânicos nadam,
raros, no aquário em Osaka.
Seu terno de vidro quebrou
no armário de espanto.
Um corvo com bico de aço
volta a furar seu cérebro.
As vísceras de Mishima
pulam debaixo da cama.
Nenhum cão na imensa Tóquio
ganirá por sua solidão.
( Donizete Galvão )
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