segunda-feira, 30 de outubro de 2017

a multidão me distancia
perco de vista o sorriso
que julgava meu 
mas era engano
esfinge a soletrar
um jogo de erros
o oposto do esperado
se pareço forte
caio frágil no tropeço
do espelho
a multidão me distancia perco de vista o sorriso que julgava meu mas era engano esfinge a soletrar um jogo de erros o oposto do esperado se pareço forte caio frágil no tropeço do espelho

domingo, 22 de outubro de 2017

os dias são curvos
tristes, felizes
réquiem, risos
tarde de sol
no parque
o carro acelerando
na poça de água
e sujando a calça jeans
o café simpático na esquina
o tropeço que torce o tornozelo
a rua e as flores amarelas no chão

sábado, 21 de outubro de 2017

o transformador bivolt no casulo de madeira velha
chovem cidades de chaminés geométricas
pneus jogam xadrez na ponte dos remédios
a lona poluída do caminhão de produtos químicos

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

rua das camélias

sentado na cadeira azul de ferro
o meu pai matava os borrachudos
enquanto a tarde calorenta
derretia as faixas do asfalto
o tempo passava lento se
livrando das ervas daninhas