segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020




a dança desajeitada                                       
dos siris que brotam
entre o lodo e
as pedras escorregadias

caminhos irregulares que impedem
a pressa
você na janela do café, uma fileira de
portas em todos os tons do pantone

a luz morna do bar que embala
os barcos, a manta de alumínio do
telhado
os versos estampados nos vestidos

o nervo exposto dos becos
o sal que descama
os ossos da areia